“Descobri que eu sou preconceituosa e burra”, desabafa Soninha Francine sobre vestibular brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 05/02/2016 14h55
Jovem Pan Coordenadora de políticas para a diversidade sexual

Pioneira em quebrar tabus e conhecida por falar o que pensa, Soninha Francine fez parte da primeira geração de VJS da MTV. No Pânico desta sexta (05), ela explicou a polêmica em torno da sua participação da prova da Fuvest e o desejo de mudar a educação brasileira.

Nos últimos dias, Soninha passou na primeira fase do vestibular mais concorrido do País, no curso de Gestão Pública, mas optou por não prestar a segunda parte da prova. “Não quis tirar a vaga de outras pessoas sendo que não teria tempo para me aplicar no curso”, disse. Essa escolha gerou polêmica, já que a ex-VJ publicou um desabafo sobre o nível de dificuldade do teste. “Descobri que eu sou preconceituosa e burra”, contou.

“Disseram que me orgulho da ignorância”, confessou. Para ela, a educação brasileira está ultrapassada e um de seus desejos é de revolucionar e mudar o conceito do ensino. “No vestibular perguntam coisas sem sentido, consumindo tempo e energia de milhares de adolescentes”, desabafou.

Cineasta por formação, Soninha Francine acredita que a melhor forma seria um vestibular com consulta. “O mais importante é saber onde procurar o que não se sabe e avaliar a informação que te ofereceram”, propôs.

Política e Diversidade Sexual

Atualmente, Soninha é coordenadora de políticas para a diversidade sexual na Prefeitura de São Paulo. O lema da comunidade LGBT se baseia na máxima “nem menos, nem mais. Direitos iguais”. Segundo a ex-VJ, “na sigla quem mais se ferra é o T, o travesti, o trans. Ele é obrigado a se esconder o tempo todo”.

Dentro do programa desenvolvido por ela, o respeito com as questões sexuais é o mais importante. “Tem que ter punição, o que essas pessoas sofrem é uma barbaridade”, revelou.

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